Lisboa (Portugal), 10 – O escritor e pregador brasileiro Roney Lemes apresentou na última quarta-feira (10) o livro “Dez Refutações ao Islão” durante evento na Zion Church Lisboa. A obra reúne argumentos teológicos, morais e históricos com o objetivo de equipar cristãos a responder questionamentos de muçulmanos, segundo o autor.
Motivações da pesquisa
Lemes, casado e pai de quatro filhos, contou que o projeto consumiu mais de um ano de estudo. “A nossa realidade está cada vez mais obstruída pela presença islâmica na Europa e na internet. Os muçulmanos levam vantagem nas conversas porque falta conhecimento aos cristãos. Essa ignorância se tornou uma arma contra a Igreja”, declarou.
Influência islâmica no continente
O autor reconheceu não ter visão apocalíptica sobre o tema, mas demonstrou preocupação com o crescimento do Islã na Europa. Ele citou a eleição de prefeitos muçulmanos em Londres e Birmingham, além de bairros majoritariamente islâmicos na França. Apesar disso, acredita em um “avivamento” que poderá resultar em milhares de conversões ao cristianismo nos próximos 20 a 30 anos.
Raízes e expansão do Islã
Lemes afirmou que a religião nasceu no século VI, após uma experiência de Maomé em uma caverna relatada por hadiths, sem testemunhas presenciais. Segundo ele, a disseminação inicial ocorreu em regiões isoladas e, mais tarde, foi imposta “pela força” quando os seguidores se tornaram maioria.
Diferenças sobre Jesus
Na avaliação do escritor, o Jesus mencionado no Alcorão difere daquele apresentado na Bíblia. Ele argumenta que relatos de milagres atribuídos a Jesus no Islã derivam de textos apócrifos e que o livro sagrado dos muçulmanos “nega crucificação, ressurreição e divindade”, pontos centrais da fé cristã.
Contrapontos teológicos
Entre as principais divergências, o autor destaca a compreensão sobre Deus e a filiação divina de Jesus. Para Lemes, o Alcorão descreve Alá como alguém incapaz de ter filhos, enquanto o cristianismo afirma que Jesus nasceu de forma miraculosa, sem necessidade de parceira para Deus Pai.
Formação doutrinária
Lemes disse que muçulmanos recebem treinamento contínuo para responder críticas, motivo pelo qual exorta cristãos a aprofundar o estudo bíblico. “A confiabilidade das Escrituras é o primeiro ponto atacado. É essencial compreender a formação histórica da Bíblia para explicar a fé”, ressaltou.
Evangelização como missão
Por fim, o autor qualificou a comunidade muçulmana como “campo missionário espinhoso” devido à preparação doutrinária e, em certos casos, à violência. “Precisamos amar e falar a verdade”, concluiu.
Com informações de Guiame