Um missionário evangélico norte-americano foi sequestrado em Niamey, capital do Níger, entre a noite de terça (data não informada) e a madrugada de quarta-feira, confirmaram fontes de segurança e veículos da imprensa local.
Segundo uma fonte de segurança com acesso direto ao caso, três homens armados que circulavam em um Toyota Corolla raptaram o missionário, cuja identidade não havia sido divulgada oficialmente. A imprensa indiana Times Now News, no entanto, identificou a vítima como Kevin Rideout, piloto de 50 anos ligado à agência missionária Serving in Mission.
Uma fonte diplomática ouvida pela AFP relatou que Rideout já seguia em direção à fronteira com o Mali poucas horas após o sequestro. A assessora especial da Casa Branca para assuntos religiosos, Paula White-Cain, também confirmou o nome do missionário.
Suspeita de ligação jihadista
Até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria, mas autoridades nigerinas suspeitam que o crime tenha sido executado por facções vinculadas ao Estado Islâmico. O país sofre ataques frequentes de milícias associadas tanto ao EI quanto à Al-Qaeda.
Posicionamento dos Estados Unidos
O Departamento de Estado informou estar ciente do caso e que a embaixada em Niamey coopera com as autoridades locais. “A segurança dos cidadãos americanos é prioridade máxima”, destacou um porta-voz, mencionando esforços interagências para garantir o retorno seguro do missionário.
Nesta quarta-feira, a Embaixada dos EUA emitiu alerta reforçando o alto risco de sequestros em todo o território nigerino, inclusive na capital.
Cenário de instabilidade
Desde o golpe de 2023 que depôs o presidente eleito Mohamed Bazoum, o Níger é comandado por uma junta militar que rompeu parcerias com potências ocidentais, aproximando-se da Rússia. Segundo Ulf Laessing, chefe do programa Sahel da Fundação Konrad Adenauer, a segurança deteriorada reativou o “negócio multimilionário” de sequestros, agora também voltado contra trabalhadores humanitários.
Rideout continuava desaparecido até a última atualização desta reportagem, e as investigações seguem em andamento.
Com informações de Folha Gospel