O senador Magno Malta (PL-ES) afirmou que qualquer projeto de anistia aos envolvidos nos episódios de 8 de janeiro de 2023 deve contemplar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi publicada nesta sexta-feira (5.set.2025) em artigo assinado pelo parlamentar.
No texto, Malta argumenta que a “narrativa do golpe” se consolidou em “gabinetes” e não entre a população, citando o depoimento de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, prestado na Comissão de Segurança Pública do Senado. Para o senador, o material apresentado na audiência demonstraria a existência de “inimigos fabricados” para justificar prisões e processos.
O parlamentar relata ainda casos de pessoas no Espírito Santo que teriam sido detidas ou obrigadas a usar tornozeleira eletrônica por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele diz considerar essas medidas parte de um “método” de injustiça e menciona jornalistas, militares, juízes e políticos que, segundo ele, estariam sendo alvo de perseguição.
Malta critica a possibilidade de um “texto intermediário” de anistia em discussão no Senado, que, na sua visão, não atenderia à sociedade e carregaria a “digital” do STF. O senador declara que a direita não aceitará “remendos” e cobra uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.
Ao citar a frase de Martin Luther King – “Uma injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar” –, o congressista sustenta que o Brasil “persegue não apenas Bolsonaro, mas todo um campo político que pensa diferente”. Ele conclui defendendo que, sem a inclusão do ex-presidente, a anistia seria “fraude” e “farsa da pacificação”.
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Magno Malta encerra o artigo afirmando que, no futuro, a história julgará as decisões atuais e que “nada é mais perigoso para a democracia do que um Estado que escolhe quem pode, e quem não pode, ter direitos”.
Com informações de Pleno.News
