Uma pesquisa do Instituto para o Impacto da Fé na Vida (IIFL) com mais de 2.000 adultos no Reino Unido indica que a espiritualidade entre pessoas de 18 a 34 anos está fortemente ligada à experiência individual e à coerência com valores pessoais, e menos a tradições familiares ou pressão social.
Entre os entrevistados dessa faixa etária que declararam ter mudado de crença, 44% afirmaram ter se convertido para estabelecer uma conexão pessoal com Deus. Outros 48% disseram buscar clareza moral, significado ou propósito, enquanto 40% procuravam transformação ou cura pessoal.
O levantamento também mostrou que 27% dos jovens consideram os benefícios para a saúde mental um componente essencial de sua fé.
Apesar da busca por orientação moral, a sensação de injustiça afeta a relação dos jovens com a religião. Mais da metade dos participantes de 18 a 34 anos percebe o mundo como cada vez mais injusto; desse grupo, 70% relataram que essa percepção os afastou da fé, e apenas 17% disseram encontrar na religião explicações para o sofrimento e a desigualdade.
Quando o assunto é abandono de crenças, a principal razão citada foi a descrença em Deus ou no sobrenatural. Divergências doutrinárias, éticas e filosóficas também apareceram com frequência entre os motivos para deixar a fé, sobretudo entre os mais jovens, que demonstraram maior propensão a se afastar em comparação com pessoas a partir de 35 anos.
A autora da pesquisa, Rania Mohiuddin-Agir, observa que “os adultos mais jovens estão priorizando autenticidade e consistência intelectual em detrimento de laços comunitários”. Segundo ela, quando esses elementos conflitam com seus valores, os jovens tendem a se desvincular da religião em vez de mantê-la apenas por expectativas familiares ou sociais.
Com informações de Folha Gospel