O governo israelense declarou que a guerra com o Hamas permanece ativa, mesmo após a assinatura de dois acordos de cessar-fogo, porque parte dos corpos de reféns ainda não foi devolvida. A avaliação contraria repetidas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou o fim do conflito.
Em 29 de setembro, um documento de 20 cláusulas previa a entrega de todos os reféns, vivos ou mortos, no prazo de 72 horas após a aceitação pública de Israel. Já o entendimento firmado em 9 de outubro adicionou uma subcláusula que abriu espaço para o Hamas alegar dificuldades na localização de todos os restos mortais.
Segundo autoridades israelenses, a organização devolveu apenas parte dos corpos, atitude interpretada em Tel Aviv como provocação deliberada. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Trump advertiram que operações militares poderão ser retomadas caso o grupo palestino continue a descumprir o acordo.
Israel mantém dois objetivos considerados “estratégicos e moralmente imperativos”: a recuperação integral dos reféns e a neutralização total do Hamas como força militar e política na Faixa de Gaza. Até que ambas as metas sejam alcançadas, o governo israelense sustenta que o conflito “não chegou ao fim nem está próximo de terminar”.
Ainda assim, a segunda-feira, 13 de outubro, foi apontada por autoridades de Jerusalém como o dia mais alentador desde o ataque do Hamas que deu início à guerra, dois anos antes. Na data, Israel confirmou que não havia mais reféns vivos em poder do grupo terrorista, encerrando 738 dias de cativeiro para aqueles que foram libertados.
Fontes militares israelenses afirmam acreditar que o Hamas possui condições logísticas para entregar a maioria dos corpos restantes. Caso a devolução não ocorra, o governo de Israel considera retomar ações de força na região.
Com informações de Pleno.News
