Esta sexta-feira (5) marca 700 dias desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023. Nesse período, 47 pessoas seguem em cativeiro na Faixa de Gaza, além dos restos mortais do soldado Hadar Goldin, retidos desde 2014.
Familiares dos sequestrados e apoiadores organizaram manifestações em vários pontos de Israel. O ato central ocorreu pela manhã, na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, onde um grande cartaz com a inscrição “SOS” foi exibido.
Na noite de quinta-feira (4), o Hamas divulgou nota dizendo estar disposto a aceitar um cessar-fogo que incluiria a libertação dos reféns. Autoridades israelenses classificaram a declaração como “distorção” e rejeitaram a proposta. Já nesta sexta, o grupo terrorista publicou um vídeo em que aparecem os sequestrados Guy Gilboa-Dalal e Alon Ohel.
Setecentos dias de conflito e repercussões globais
Segundo levantamento do cientista político Lawrence Maximus, Israel enfrentou combates em três frentes — Gaza, Líbano e Irã — e infligiu perdas significativas ao Hezbollah e a Teerã. O analista aponta ainda que esses confrontos contribuíram para mudanças políticas na Síria, abrindo a possibilidade de aproximação entre Jerusalém e Damasco.
No plano internacional, quase todos os países relataram crescimento de incidentes antissemitas nos últimos dois anos, informa Maximus. Organizações judaicas teriam, por isso, redefinido prioridades, concentrando esforços em segurança comunitária, apoio a Israel e combate ao ódio. Paralelamente, o mesmo período registrou maior engajamento na vida judaica e aumento de doações filantrópicas, fenômeno descrito pelo pesquisador como o surgimento dos “judeus de 8 de outubro”.

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Para o autor, o intervalo entre 7 de outubro de 2023 e hoje figura entre os mais significativos da história judaica recente, funcionando como marco divisor na cronologia do povo judeu.
Com informações de Pleno.News