Kampala, Uganda – Um ex-seguidor do islã que havia se tornado cristão há cinco meses foi assassinado na noite de 19 de agosto, no leste de Uganda, depois de ser atraído por um conhecido com promessa de emprego.
Identificado como Mohammed Nagi, 38 anos, o agricultor deixou a residência na vila de Nyanza South, subcondado de Mugiti, distrito de Budaka, por volta das 20h, atendendo a uma ligação de um amigo muçulmano, chamado apenas de Rajabu. O contato afirmou ter conseguido trabalho para Nagi e solicitou encontro imediato no centro comercial Mailo 5.
Segundo a esposa, Katooko Nusula, ela ouviu a conversa e tentou convencê-lo a adiar a reunião, mas o marido insistiu na urgência do suposto serviço. Nagi, pai de cinco crianças de 4, 7, 9, 12 e 15 anos, não voltou para casa.
Na manhã seguinte, às 6h, uma vizinha encontrou o corpo em Kamonkoli, a cerca de 20 quilômetros, e avisou a família. O caso foi registrado na Delegacia Central de Budaka sob o número CRB 070/2025. O agente Kwebiiha Sarapio, que coordenou a equipe policial, informou que a vítima apresentava ferimentos na cabeça e sinais de arrasto por aproximadamente 20 metros em estrada lamacenta, sem indícios de estrangulamento. O corpo foi encaminhado ao necrotério da cidade de Mbale para autópsia.
Nagi havia se convertido ao cristianismo em 2 de março, após visita de um pastor à sua casa. Desde então, ele e a família passaram a frequentar uma igreja em Mbale e, posteriormente, outro templo para evitar hostilidade. Parentes muçulmanos e o próprio Rajabu o haviam confrontado sobre a mudança de fé, chegando a afirmar, segundo Nusula, que ele merecia morrer por abandonar o islã.

Imagem: Mtag FolhaGospel
A polícia procura Rajabu, considerado principal suspeito do assassinato. O episódio soma-se a outras ocorrências recentes de perseguição a cristãos no país. A Constituição de Uganda garante liberdade religiosa, e os muçulmanos representam cerca de 12% da população, com maior concentração na região leste.
Com informações de Folha Gospel