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Especialista compara exercício físico a investimento de longo prazo e alerta para custo da inatividade

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A fisiologista Paola Machado, doutora em Ciências da Saúde pela Unifesp, defendeu que a prática regular de atividade física deve ser vista como um “investimento” tão relevante quanto a educação financeira. A avaliação foi publicada em 15 de outubro de 2025, em coluna no portal Pleno.News.

Segundo a autora, ações diárias de treinamento, alimentação equilibrada e sono adequado funcionam como “juros compostos” para o corpo, gerando ganhos graduais em energia, foco e imunidade. Machado alerta que postergar cuidados eleva custos com dinheiro, saúde e tempo.

Dados citados na coluna reforçam o argumento:

  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta que a inatividade física deve gerar mais de US$ 300 bilhões em despesas aos sistemas públicos de saúde até 2030.
  • No Brasil, cerca de R$ 290 milhões por ano do orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS) estão associados à falta de exercício.
  • Pessoas ativas reduzem em até 30% o risco de doenças cardiovasculares e dependem menos de medicamentos contínuos.
  • Programas corporativos de bem-estar podem cortar o absenteísmo em 27% e elevar a produtividade em 22%.
  • Levantamento da Harvard Business Review indica retorno médio de US$ 3 para cada US$ 1 aplicado em iniciativas de saúde nas empresas, podendo chegar a 6 para 1 em projetos de excelência.

A colunista também aponta diferenças culturais. Enquanto mais de 60% dos brasileiros deixam a academia nos primeiros três meses, a desistência na Noruega é três vezes menor. Ela atribui o contraste a falta de estrutura, incentivo e mentalidade de longo prazo no país.

Para reverter o quadro, Machado sugere aplicar princípios das finanças pessoais à rotina de exercícios: planejar horários fixos, diversificar modalidades, monitorar sinais do corpo para evitar lesões e reinvestir a energia obtida em outras atividades diárias.

A especialista conclui que negligenciar a saúde resulta em “dívida” que o tempo cobra com juros, enquanto o cuidado constante garante liberdade e qualidade de vida.

Com informações de Pleno.News