Genebra, 29 de setembro de 2025 – A Aliança Evangélica Mundial (WEA) e a Aliança Batista Mundial (BWA) levaram ao Conselho de Direitos Humanos da ONU denúncias sobre restrições impostas a protestantes na Turquia.
Entrada proibida sem acusação formal
Em declaração oral conjunta na 60ª sessão do colegiado, durante a adoção do resultado da Revisão Periódica Universal (RPU) do país, as organizações relataram que cristãos – turcos e estrangeiros, inclusive residentes de longa data com família – têm recebido proibições de entrada no território. Segundo as entidades, nenhum deles responde a processo criminal; o impedimento estaria ligado apenas à filiação religiosa.
As proibições afetam comunidades locais, que ficam sem líderes espirituais e, em alguns casos, sem pastor, apontaram WEA e BWA.
Pedido de diálogo com o governo
No pronunciamento, as alianças solicitaram que Ancara abra um “diálogo estruturado” com a minoria protestante e inclua representantes do grupo em reuniões oficiais, medida que, segundo afirmam, poderia reduzir tensões e garantir liberdade religiosa.
Escalada de discurso de ódio
O documento também registra aumento de casos de discurso e crime de ódio contra cristãos em 2024. Conforme os relatores, muitos autores foram liberados sem punição, o que teria aumentado a desconfiança da comunidade em relação às autoridades.
As organizações pediram que a Turquia fortaleça a legislação, defina claramente discurso e crime de ódio em consonância com padrões internacionais e assegure investigações eficazes, responsabilizando os envolvidos.
WEA e BWA concluíram a intervenção reiterando disposição para cooperar com o governo turco em iniciativas que garantam direitos iguais a todos os grupos religiosos.
Com informações de Folha Gospel
