Treze cristãos foram levados por um grupo armado durante um culto dominical na Primeira Igreja Evangélica Winning All, no estado de Kogi, centro da Nigéria. A ação ocorreu após a invasão do templo por militantes que trocaram tiros com caçadores locais, resultando na morte de cinco agressores.
Segundo relatos de moradores, o mesmo grupo teria sido expulso por vigilantes três semanas antes, quando tentou atacar uma escola da região. Desta vez, os sequestradores fugiram levando os fiéis e se refugiaram na floresta de Ejiba, onde equipes de segurança e caçadores realizam buscas.
A escalada de violência tem exposto falhas das forças de segurança nigerianas, frequentemente acusadas de ausência ou falta de equipamento adequado para impedir ataques. Em resposta, o presidente Bola Ahmed Tinubu anunciou no mês passado o aumento quase dobrado do efetivo policial e decretou estado de emergência de segurança em todo o país.
Desde meados de novembro, ao menos oito ataques foram registrados, deixando cinco mortos e mais de 180 pessoas sequestradas — a maioria ainda em cativeiro. Entre os casos mais graves está o sequestro de mais de 300 alunos e 12 funcionários de uma escola católica, também em novembro; mais de 150 já foram libertados ou conseguiram escapar.
Líderes religiosos temem nova onda de violência durante o período natalino. O bispo católico Wilfred Anagbe alertou que massacres em datas festivas cristãs vêm se tornando recorrentes em algumas regiões. Em 2023, militantes fulani incendiaram oito igrejas e mataram centenas de pessoas na véspera de Natal.
O diretor-executivo da Christian Solidarity Worldwide (CSW), Scot Bower, criticou a lentidão das autoridades em proteger a população, lembrando que o país mostrou rapidez para ajudar a encerrar um golpe de Estado no vizinho Benim. Bower pediu reforço imediato de segurança em estradas e igrejas, especialmente em estados historicamente afetados, como Benue, Plateau, Taraba e sul de Kaduna, além de áreas emergentes como Kogi e Kwara.
Com informações de Folha Gospel