Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2025 – Em coluna publicada nesta segunda-feira (20), o jornalista e teólogo Pedro Augusto argumenta que o fascismo tem raízes na esquerda socialista europeia do início do século 20.
De acordo com o autor, Benito Mussolini iniciou a carreira política no Partido Socialista Italiano e, em 1912, já era considerado uma das principais lideranças vermelhas do país. Augusto afirma que, nesse período, o futuro ditador mantinha proximidade ideológica com Vladimir Lenin, compartilhando aversão à democracia liberal e defesa da violência revolucionária.
O artigo lembra que, após o início da Primeira Guerra Mundial, Mussolini rompeu com o socialismo internacionalista e passou a defender uma revolução de caráter nacionalista. Em 1919, fundou o Partido Fascista com propostas como confisco de terras, abolição da monarquia e criação de conselhos corporativos para controlar a economia. Para o colunista, tais pontos reforçam o caráter coletivista e estatizante do movimento.
Augusto cita ainda a frase atribuída a Mussolini — “Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado” — para aproximar o fascismo das práticas implementadas por Lenin na Rússia pós-revolução. O texto descreve a disputa entre fascismo e comunismo na Europa como “escolha entre venenos”, argumentando que ambos rejeitavam a liberdade individual.
No encerramento, o jornalista define o fascismo como “filho rebelde” do socialismo, sustentando que, apesar do rompimento retórico, o movimento manteve valores coletivistas, estatizantes e autoritários.
Com informações de Pleno.News