O advogado e professor de Direito Constitucional André Marsiglia publicou, em 9 de setembro de 2025, um artigo no qual critica o que chama de “elite intelectual e econômica de direita” por, segundo ele, manter distância da parcela popular que sustenta o bolsonarismo, especialmente evangélicos e eleitores de menor renda.
No texto, Marsiglia afirma que essa ala mais abastada da direita prefere se alinhar às elites de esquerda, compartilhando, de acordo com ele, um mesmo “nojo estético” em relação ao eleitorado identificado com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o autor, esse comportamento reproduz padrões de exclusão e reforça a dependência eleitoral sem garantir participação da base em decisões estratégicas.
Marsiglia sustenta que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido utilizado para “extirpar o bolsonarismo” e que a continuidade dessa postura contaria com a conivência dessas elites. O jurista também declara que, há seis anos, o país vive uma intervenção em liberdades individuais e que o ex-presidente Bolsonaro deverá ser condenado, processo que, na avaliação dele, criminalizaria não a direita em si, mas o “povo”.
O autor argumenta ainda que a esquerda brasileira se mantém forte por saber “somar” diferentes correntes, enquanto a direita fracassaria ao preferir “dividir”. Caso não ocorra uma reconciliação entre as lideranças de direita e sua base popular, diz Marsiglia, o campo conservador seguirá como força eleitoral passageira, sem consolidar um projeto político duradouro.
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O artigo foi originalmente publicado no site Poder360 e reproduzido pelo portal Pleno.News.
Com informações de Pleno.News