O cientista político Lawrence Maximus declarou, em artigo publicado nesta terça-feira (4), que o Comando Vermelho (CV) reúne características que permitem classificá-lo como organização terrorista, segundo parâmetros do Plano Trump de combate ao extremismo.
De acordo com Maximus, o documento elaborado pelo governo norte-americano amplia o conceito de terrorismo para além de ações de guerra, incluindo qualquer grupo que:
- exerça controle territorial fora do Estado de Direito;
- mantenha financiamento ilícito transnacional;
- utilize coerção social ou política armada;
- difunda ideologias de ódio ou destruição;
- desafie a soberania e a legitimidade do Estado.
O analista compara o CV ao Hamas e sustenta que ambos têm “paralelos estratégicos e funcionais”. Segundo ele, as duas organizações se mantêm por meio da ocupação territorial e da força armada, formando “zonas autônomas de poder paralelo” — traço associado a grupos insurgentes e terroristas no Counterterrorism Framework dos Estados Unidos.
Maximus acrescenta que cada grupo se vale de um discurso de vitimização para legitimar a violência: o Hamas recorre à “resistência islâmica”, enquanto o CV invoca “opressão social e injustiça estatal”.
O Plano Peace to Prosperity (Paz à Prosperidade) — também citado pelo autor — determina que qualquer organização que instrumentalize sofrimento social ou religioso para justificar atos de terror deve ser rotulada como terrorista. Para o cientista político, essa premissa se aplica diretamente às duas siglas.
A publicação ainda menciona que, na visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de setores da esquerda brasileira, traficantes seriam “vítimas de seus usuários”, argumento contestado pelo articulista.
Lawrence Maximus é mestre em Ciência Política, analista de questões do Oriente Médio e professor universitário.
Com informações de Pleno.News