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Manifestantes vaiam Hugo Motta na Avenida Paulista e o chamam de “inimigo da nação”

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Milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, 3 de agosto de 2025, para pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a queda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Durante o ato, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi alvo de vaias e de faixas que o qualificavam como “inimigo da nação”.

O nome de Motta foi citado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em um dos carros de som, provocando forte reprovação do público. Banners fixados ao longo da via exibiam a foto do parlamentar ao lado da frase “esses são os inimigos da nação”. Outros políticos criticados nos cartazes incluíam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de deputados que se posicionaram contra a concessão de anistia aos condenados pelos protestos de 8 de janeiro.

Pauta da anistia

A reivindicação de anistia dominou os discursos de parlamentares que participaram do ato. Parte do eleitorado de direita acusa Motta de dificultar o avanço da proposta na Câmara. Em entrevistas concedidas em abril, o deputado afirmou que considera o tema “válido”, mas declarou que não permitirá que o projeto interfira na agenda econômica.

“Em um cenário de crise internacional, não podemos criar uma crise institucional. Vamos discutir o assunto no Colégio de Líderes, com Senado, Judiciário e Executivo para buscar pacificação”, disse Motta à CNN Brasil à época. O parlamentar repetiu a posição durante evento da Associação Comercial de São Paulo, também em abril, ao defender que o Legislativo não fique “restrito a um só tema”.

Organização e presenças

O ato na capital paulista foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e reuniu nomes influentes do PL, como o deputado Marcos Feliciano (PL-SP) e o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto. Nikolas Ferreira participou após deixar manifestação em Belo Horizonte.

Durante seu discurso, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) comparou Alexandre de Moraes ao Primeiro Comando da Capital (PCC), destacando que ambos foram alvo de sanções dos Estados Unidos pela Lei Magnitsky. Bilynskyj também defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, posição reiterada por outros oradores.

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Imagem: Thiago Vieira via gazetadopovo.com.br

Mobilização nacional

Além de São Paulo, protestos ocorreram em mais de 30 cidades. Vestindo as tradicionais camisas verde-amarelas e empunhando bandeiras do Brasil, manifestantes criticaram as restrições impostas por Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está proibido pelo STF de deixar sua residência nos fins de semana e acompanhou os atos de casa.

Os protestos terminaram sem registro de confrontos significativos ou incidentes graves, segundo a organização e a Polícia Militar.

Com informações de Gazeta do Povo