Brasília — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ficou sem o troféu na categoria Direito da segunda edição do Jabuti Acadêmico, cuja cerimônia ocorreu na noite de terça-feira, 5 de agosto.
Moraes concorria com a obra “Democracia e redes sociais: o desafio de combater o populismo digital extremista”, na qual defende a regulação de plataformas digitais, responsabilização dos provedores por conteúdos de terceiros e transparência de algoritmos.
O vencedor da categoria foi o jurista e professor Orlando Villas Bôas Filho, autor de “Antropologia e estudos sociojurídicos: a construção de um campo de pesquisa interdisciplinar”.
Demais indicados
Também disputaram o prêmio os livros “Civilização plataformizada”, “Participação feminina na democracia e eleições” e “Luiz Gama na luta pelo direito no Brasil da escravidão”.
Pontos centrais da obra de Moraes
No livro, o ministro argumenta que redes sociais e serviços de mensageria privada são usados por “milícias digitais” para disseminar desinformação, o que, segundo ele, ameaça as instituições democráticas. Ele propõe medidas como moderação automática de conteúdos considerados antidemocráticos, retirada imediata de postagens e punições legais aos responsáveis.

Imagem: Joedson Alves via gazetadopovo.com.br
Edição de 2025
Com cerca de 2 mil obras inscritas — número superior ao da estreia do prêmio —, a edição deste ano teve como editoras mais premiadas a Edusp e a Zahar. A cerimônia ainda prestou homenagens a:
- “Metodologia do trabalho científico”, de Antônio Joaquim Severino — eleito Livro Acadêmico Clássico 2025;
- Sociólogo José de Souza Martins — escolhido Personalidade Acadêmica do Ano por sua contribuição aos estudos sociais no país.
O Jabuti Acadêmico, organizado pela Câmara Brasileira do Livro, reconhece obras de referência em diversas áreas do conhecimento e é separado do tradicional Prêmio Jabuti destinado à literatura geral.
Com informações de Gazeta do Povo