O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quarta-feira (6) a realização de uma acareação entre o coronel Marcelo Câmara Costa, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do chefe do Executivo.
O encontro está agendado para a próxima quarta-feira, 13 de agosto de 2025, na sede do STF, em Brasília. O pedido partiu da defesa de Câmara, que busca confrontar declarações prestadas por Cid em depoimentos anteriores.
Tópicos a serem esclarecidos
Na petição, os advogados do coronel listaram três pontos que consideram essenciais para o esclarecimento dos fatos:
- a afirmação de Cid de que Câmara teria acessado e manipulado supostas minutas golpistas apresentadas em reuniões no Palácio da Alvorada;
- a acusação de monitoramento contínuo do ministro Alexandre de Moraes e da chapa Lula-Alckmin, eleita em 2022;
- as declarações de Cid sobre o conhecimento de Câmara a respeito dos motivos desse monitoramento e a suposta ligação com Rafael de Oliveira, conhecido como “kid preto”.
Deslocamento sob vigilância
Atualmente detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Câmara receberá autorização para comparecer pessoalmente ao STF. Conforme decisão de Moraes, o militar será conduzido com tornozeleira eletrônica e permanecerá proibido de manter contato com qualquer pessoa que não seja seu advogado durante o trajeto e a audiência.

Imagem: Lula Marques via gazetadopovo.com.br
O procedimento de acareação está previsto na legislação brasileira e coloca frente a frente investigados ou testemunhas quando há divergências em depoimentos, permitindo que os envolvidos esclareçam possíveis contradições.
Com informações de Gazeta do Povo