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Manifestantes ocupam ruas em 37 cidades e pedem impeachment de Alexandre de Moraes

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Milhares de pessoas se reuniram neste domingo (3) em diversas regiões do país para solicitar o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo impedido de participar por cumprir medidas cautelares determinadas pelo próprio ministro, o ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu aos atos.

As manifestações ocorreram em pelo menos 37 municípios. As maiores concentrações foram registradas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Belém e Salvador.

Foco em São Paulo

Na Avenida Paulista, o ato foi organizado pelo movimento Reaja Brasil, liderado pelo pastor Silas Malafaia. O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, celebrou o público reunido. “Jamais esperava que hoje tivéssemos tanta gente para nos prestigiar”, afirmou durante discurso.

Painéis com fotos do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), traziam a frase “Inimigos da Nação”. Também havia faixas pedindo anistia para condenados pelos episódios de 8 de janeiro.

Pronunciamentos e críticas

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) comparou Moraes à facção criminosa PCC, alegando que ambos teriam sido alvo de sanções dos Estados Unidos, citando a Lei Magnitsky. Ele também defendeu anistia aos condenados.

O ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou por videochamada, enquanto o deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP) discursava. Lucas Bove (PL-SP) lamentou a morte do jornalista J.R. Guzzo.

Entrevistas com participantes

O empresário José Veloso Meneses, 63 anos, disse que foi à Paulista em busca de “liberdade de expressão”. Para ele, as sanções anunciadas pelo ex-presidente americano Donald Trump contra Moraes podem estimular reação do Congresso.

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Imagem: Thiago Vieira via gazetadopovo.com.br

A professora aposentada Paula Marsocchi, 71 anos, defendeu anistia para os presos de 8 de janeiro e criticou o gesto obsceno feito por Moraes, que foi vaiado ao assistir a um jogo entre Corinthians e Palmeiras no dia 30 de julho, na Neo Química Arena.

Já a manicure Norma Oliveira de Almeida Ferreira, 38 anos, declarou receio de que o Brasil “vire uma ditadura”. Ela cobrou o julgamento do pedido de impeachment do ministro do STF e a saída de Lula da Presidência.

Os manifestantes também aproveitaram para protestar contra o gesto de Moraes no estádio, apontado por oradores como “incompatível” com a função de ministro.

Alguns cartazes pediam o cumprimento estrito da Constituição e reforçavam o apelo por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Com informações de Gazeta do Povo