O senador Magno Malta (PL-ES) declarou, em artigo publicado nesta quarta-feira (16/07/2025) no site Pleno.News, que o crime organizado representa o maior perigo à soberania do Brasil, superando, segundo ele, qualquer pressão externa.
Na avaliação do parlamentar, facções como Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho e grupos de milícias atuam hoje como “corporações do crime” com hierarquia, logística própria e presença em todo o território nacional. Malta estima que essas organizações movimentem mais de R$ 140 bilhões por ano, valores que, conforme explicou, circulam por empresas legais e campanhas eleitorais.
Críticas ao governo federal
O senador acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de demonstrar “postura ideológica, apática e omissa” diante do avanço da criminalidade. Para Malta, essa postura contribui para o fortalecimento das facções, que, segundo ele, já influenciam setores políticos, econômicos e de segurança pública.
Defesa de uma CPI
No texto, o parlamentar defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado. Ele afirmou que a iniciativa seria um “respiro” para evitar o que chamou de “colapso institucional” e a consolidação de um “narcoestado”. Malta ressaltou que a comissão precisa atuar com independência e “coragem” para investigar tanto as facções quanto possíveis agentes públicos que as protejam.
Magno Malta também criticou o que classificou como “silêncios institucionais” de autoridades que, segundo ele, permitem a continuidade do poder paralelo em comunidades onde facções aplicam suas próprias normas, cobram tributos e exercem funções típicas do Estado.
O senador foi eleito duas vezes o “melhor senador do Brasil” em premiações de avaliação parlamentar. O artigo encerra-se com a defesa de que a neutralidade diante do crime organizado deixou de ser prudência e se tornou “covardia”.
Com informações de Pleno.News