O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a criação de uma nova moeda para transações internacionais, em substituição parcial ao dólar, durante discurso no 17º Encontro Nacional do PT, realizado neste domingo (3), em Brasília.
“Não vou abrir mão de achar que a gente precisa construir uma moeda alternativa para negociar com outros países. Não preciso ficar subordinado ao dólar”, declarou o chefe do Executivo, lembrando que, em 2004, o Brasil já havia articulado iniciativa semelhante com a Argentina em seu primeiro mandato.
Lula afirmou que não busca confrontar grandes potências, mas ressaltou que o país exige reconhecimento proporcional ao seu peso econômico e político. “Eu não estou disposto a brigar com ninguém. Este país é de paz. Agora, não pensem que nós temos medo”, afirmou.
O presidente mencionou ainda que suas críticas aos Estados Unidos têm limites: “Tenho um limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo que penso; falo o que é necessário”. Mesmo assim, recordou situações em que Washington teria interferido na política brasileira. “Eu também não vou esquecer que eles já deram golpe aqui, ajudaram a dar golpe”, pontuou.
Ao citar a importância de respeito mútuo, Lula destacou a posição econômica norte-americana, mas reforçou que o Brasil não quer ser tratado como “republiqueta”. “Os Estados Unidos são grandes, são os mais bélicos, mais tecnológicos, maior economia do mundo, mas queremos ser respeitados pelo nosso tamanho”, disse.
O petista concluiu que o país dispõe de “tamanho, postura e interesses” para negociar em condições de igualdade no cenário internacional.
Com informações de Direita Online