O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (25), eleitores de baixa renda que escolhem políticos abastados nas urnas. A declaração foi dada em cerimônia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltada à urbanização de favelas, em Osasco, na Grande São Paulo.
“Eles só são ricos porque já roubaram. Colocar um político rico para cuidar do pobre é como botar a raposa para tomar conta do galinheiro”, afirmou Lula diante de lideranças locais, ministros e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP).
Confronto durante o discurso
O discurso foi interrompido quando um homem na plateia chamou o presidente de “ladrão”. O manifestante trocou empurrões com apoiadores do petista e foi retirado do local. Após o tumulto, Lula pediu respeito e criticou “provocações” no evento.
Investimento bilionário em comunidades
Lula anunciou a liberação de R$ 4,67 bilhões para obras de urbanização em 49 áreas periféricas de 32 municípios, espalhados por 12 estados. Para o estado de São Paulo, o governo federal destinará R$ 2 bilhões com foco em infraestrutura e serviços básicos nas favelas.
Regulação de big techs e tensão com os EUA
O presidente também comentou o impasse com as chamadas big techs, afirmando que a regulação seguirá adiante, apesar de uma carta enviada pelo presidente norte-americano Donald Trump pedindo a suspensão de medidas contra as empresas. “Elas precisam respeitar a legislação brasileira e não podem difundir ódio nem ameaçar a democracia”, declarou.
Imagem: Isaac Fontana via gazetadopovo.com.br
Lula voltou a abordar o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras anunciado por Washington, que entra em vigor em 1.º de agosto. Segundo ele, Alckmin tenta negociar com autoridades de “primeiro escalão” dos Estados Unidos, mas enfrenta dificuldades para conseguir interlocução direta.
“O Alckmin liga todo dia para alguém e ninguém quer conversar. Queremos que Trump trate o Brasil com o mesmo respeito que temos pelo povo americano”, disse Lula.
Com informações de Gazeta do Povo
