O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou na noite de quarta-feira, 30 de julho de 2025, que as sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foram estimuladas por “políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses”. A afirmação foi divulgada após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto.
Mais cedo, o governo norte-americano incluiu Moraes na Lei Magnitsky e o presidente Donald Trump assinou um decreto estabelecendo tarifa de 50 % sobre produtos brasileiros. Washington justificou a medida alegando que Moraes conduz uma “caça às bruxas” contra cidadãos e empresas dos dois países, citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF e decisões do ministro envolvendo plataformas digitais.
Defesa da independência do Judiciário
Lula ressaltou que “a lei no Brasil é para todos os cidadãos e todas as empresas” e qualificou como “inaceitável” qualquer interferência estrangeira no Poder Judiciário. Segundo ele, enfraquecer a independência da Justiça representa ameaça direta à democracia.
Impacto comercial
O comunicado oficial critica o “uso de argumentos políticos” para sustentar a nova taxação norte-americana e recorda que o Brasil acumula “significativo déficit comercial” com os Estados Unidos em bens e serviços. O Planalto informou que já analisa os efeitos das sanções e elabora ações para apoiar trabalhadores, empresas e famílias brasileiras.
Negociação, mas com defesa de interesses
Apesar das restrições, o governo brasileiro disse manter disposição para negociar aspectos comerciais com Washington, sem abrir mão de “instrumentos de defesa do país” previstos na legislação nacional. O texto enfatiza que a economia brasileira está “cada vez mais integrada” aos principais mercados internacionais.

Imagem: motivação política é via gazetadopovo.com.br
Na nota, o Executivo reafirma solidariedade a Moraes e afirma que o Brasil seguirá defendendo o multilateralismo e a convivência pacífica entre as nações.
Com informações de Gazeta do Povo