Ghazi Hamad, integrante do gabinete político do Hamas, declarou que o atentado de 7 de outubro contra Israel foi determinante para que diversos países passassem a considerar o reconhecimento de um Estado palestino. A afirmação foi feita em entrevista à emissora Al Jazeera, divulgada nesta quarta-feira (6).
“O poderoso golpe desferido contra Israel em 7 de outubro resultou em conquistas históricas. Trouxe de volta a causa palestina. Por que tantos países estão reconhecendo a Palestina agora?”, questionou Hamad, ao comentar a sinalização de governos europeus favoráveis ao reconhecimento.
Paises europeus sinalizam apoio
O presidente da França, Emmanuel Macron, informou no mês passado que seu país pretende oficializar o reconhecimento durante a próxima Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro. Pouco depois, o Reino Unido indicou que poderá adotar a mesma postura, condicionando a medida a progressos na situação humanitária da Faixa de Gaza; caso contrário, Londres promete reconhecer a Palestina ainda antes da reunião em Nova York.
Espanha, Irlanda e Noruega já oficializaram o reconhecimento de forma unilateral.

Imagem: Isabella de Paula via gazetadopovo.com.br
Reação de Israel
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, criticou os anúncios europeus. Em declaração na ONU na terça-feira (5), ele afirmou que a iniciativa “recompensa o terror” e dificulta as negociações de cessar-fogo com o Hamas. “Houve países que, em vez de pressionar o Hamas, pressionaram Israel, oferecendo presentes e incentivos para que o grupo continue a guerra”, disse.
Com informações de Gazeta do Povo