A Justiça Eleitoral de São Paulo voltou a punir o empresário e pré-candidato à Prefeitura da capital, Pablo Marçal (PRTB), desta vez por abuso de poder econômico, uso irregular das redes sociais e arrecadação ilícita de recursos. A sentença, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, representa a terceira declaração de inelegibilidade contra Marçal em 2024.
Acusações na nova sentença
De acordo com a decisão, o pré-candidato:
- Utilizou perfis nas redes para atacar adversários, sugerindo que Guilherme Boulos seria usuário de entorpecentes;
- Insinuou uso indevido de fundo partidário pela deputada Tábata Amaral;
- Associou o sistema eleitoral brasileiro a práticas de corrupção;
- Distribuiu gratuitamente arquivos de materiais de campanha (bonés, adesivos e santinhos) para que apoiadores arcassem com a impressão, informando CPF ou CNPJ da gráfica;
- Realizou sorteios de bonés e até R$ 200 para quem compartilhasse suas publicações;
- Contratou influenciadores digitais para manter presença online após a suspensão temporária de seus perfis.
Para o magistrado, as condutas “ofensivas à integridade do processo eleitoral” violam o princípio da legitimidade das eleições.
Prazos e efeitos
Embora seja a terceira condenação, as penalidades não se somam. Dessa forma, Marçal permanece inelegível até 2032, prazo estabelecido nas sentenças já proferidas.
Condenações anteriores
• Fevereiro de 2024: O juiz Patiño Zorz apontou oferta de apoio político a candidatos a vereador em troca de R$ 5 mil por vídeo de divulgação.
• Abril de 2024: Ação proposta pelo PSB resultou em multa de R$ 420 mil e inelegibilidade por oito anos, sob alegação de impulsionamento ilegal de conteúdo e movimentações financeiras irregulares.
Posicionamento do pré-candidato
Em nota, Pablo Marçal afirmou receber a decisão “com serenidade” e disse confiar na revisão pelas instâncias superiores em São Paulo e no Tribunal Superior Eleitoral.
Com três sentenças em menos de seis meses, o futuro eleitoral do empresário fica comprometido até o término das penalidades atuais, previsto para 2032.
Com informações de Direita Online