O governo de Israel anunciou neste sábado, 26 de julho de 2025, um pacote de ações para ampliar a distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, em meio a relatos crescentes de desnutrição entre a população local.
Em nota, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) detalharam quatro medidas:
1) Lançamentos aéreos: retomada do suprimento por via aérea, com previsão de lançar sete engradados contendo farinha, açúcar e alimentos enlatados.
2) Zona humanitária: criação de uma área segura para a circulação de comboios da Organização das Nações Unidas (ONU) que transportam mantimentos e remédios.
3) Pausas humanitárias: interrupções temporárias nas operações militares para permitir a chegada de suprimentos aos civis.
4) Abastecimento de água: religamento da energia em uma usina de dessalinização em Gaza, o que, segundo Israel, eleva a oferta de água potável em cerca de 20 mil metros cúbicos diários.

Imagem: Gabriel de Arruda Castro via gazetadopovo.com.br
No mesmo comunicado, a IDF refutou as acusações de escassez extrema de alimentos. “A IDF enfatiza que não há fome em Gaza; esta é uma campanha falsa promovida pelo Hamas”, diz o texto. O governo israelense também atribuiu à ONU e a demais agências humanitárias a responsabilidade pela distribuição dos insumos, cobrando maior eficiência e controle para evitar que a ajuda seja desviada ao grupo radical.
Israel reiterou que as ações militares prosseguirão até que todos os reféns israelenses sejam libertados e o Hamas seja neutralizado “tanto acima quanto abaixo do solo”.
Nos últimos dias, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) alertou que moradores de Gaza estariam se tornando “cadáveres ambulantes” em razão da desnutrição, afirmando que até mesmo seus funcionários sofrem com a falta de comida.
Com informações de Gazeta do Povo