O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta sexta-feira (16) que viajará a Washington na próxima segunda-feira, 18 de agosto, para uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O comunicado foi feito um dia depois de Trump ter se reunido com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca — encontro criticado por parte da comunidade ucraniana por não produzir um cessar-fogo imediato na guerra.
Convite e proposta de cúpula trilateral
Em publicação na rede social X, Zelensky afirmou que recebeu o convite para ir à capital norte-americana após uma “longa e substancial” conversa telefônica com Trump. Ele declarou apoio à proposta do republicano de realizar uma cúpula trilateral entre Estados Unidos, Rússia e Ucrânia.
“Questões centrais podem ser tratadas no nível de líderes, e o formato trilateral é adequado para isso”, escreveu o chefe de Estado ucraniano. Zelensky também defendeu a participação de países europeus em todas as etapas das negociações para garantir “seguranças confiáveis” à Ucrânia.
Participação europeia
Após a conversa entre Zelensky e Trump, outras autoridades europeias juntaram-se à ligação, entre elas o presidente francês, Emmanuel Macron; o chanceler alemão, Friedrich Merz; o presidente finlandês, Alexander Stubb; e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Pontos prioritários
Zelensky reiterou que os temas centrais de uma eventual cúpula com Putin são:
Imagem: Bruno Sznajderman via gazetadopovo.com.br
- cessar-fogo em todas as frentes de combate;
- libertação de prisioneiros de guerra e civis;
- retorno de crianças ucranianas deportadas pela Rússia.
“As matanças precisam parar o mais rápido possível, tanto no campo de batalha quanto no céu, e também nos ataques contra nossa infraestrutura portuária”, declarou.
Sanções e garantias de segurança
O presidente ucraniano disse ainda ter pedido a Trump que intensifique as sanções contra Moscou caso a reunião trilateral não ocorra ou se a Rússia evitar o fim do conflito. Zelensky voltou a cobrar garantias de segurança “sólidas e de longo prazo”, envolvendo Estados Unidos e países europeus.
Territórios ocupados
Questionado sobre possíveis concessões territoriais, tema que Trump descreveu como “inevitável”, Zelensky afirmou que qualquer decisão sobre o assunto só pode ser tomada com participação da Ucrânia. “Nenhuma questão, sobretudo de natureza territorial, pode ser decidida sem o nosso país”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo
