O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou no fim de semana que considera “viável” alcançar um acordo de paz com a Rússia “nos próximos dias”. A afirmação antecedeu encontro de uma delegação ucraniana com autoridades dos Estados Unidos neste domingo (30), na Flórida.
A equipe enviada por Kiev é liderada pelo secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Rustem Umerov, e se reúne com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, o enviado especial Steve Witkoff e Jared Kushner, genro do presidente dos EUA, Donald Trump.
Zelensky cobrou uma “solução digna” para o conflito após divergências sobre proposta apresentada por Washington que prevê a cessão de territórios ucranianos em troca de um cessar-fogo permanente. Segundo o presidente, as conversas em solo americano darão continuidade aos pontos debatidos anteriormente em Genebra, onde países europeus apresentaram contraproposta.
Horas antes da reunião, Moscou lançou ataques em larga escala contra a infraestrutura ucraniana, com duração superior a dez horas. De acordo com o governo de Kiev, a Rússia disparou dezenas de mísseis de cruzeiro e balísticos e utilizou mais de 500 drones contra residências, rede elétrica e instalações críticas.
Após os bombardeios, Zelensky pediu reforço das defesas aéreas e instou os aliados a considerar o uso de ativos russos congelados na Europa caso os ataques não cessem.
No sábado (29), o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sibiga, afirmou que, enquanto o mundo discute planos de paz, Moscou mantém seu “plano de dois pontos: matar e destruir”. Ele também criticou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, por se encontrar recentemente com o presidente russo, Vladimir Putin.
Em resposta, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou ter atingido dois navios-tanque da chamada “frota fantasma” russa no Mar Negro. A operação empregou drones submarinos para danificar as embarcações petroleiras.
As tratativas em território norte-americano ocorrem em meio ao aumento da pressão internacional por um cessar-fogo e à intensificação dos ataques russos contra alvos civis e energéticos na Ucrânia.
Com informações de Gazeta do Povo