WASHINGTON – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, divulgou nesta terça-feira (7) nota em que recorda os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 e reitera o “apoio inabalável” de Washington ao direito de Israel de existir, defender-se e proteger sua população.
“Enquanto homenageamos as vítimas neste segundo aniversário, renovamos nossa determinação de impedir que atrocidades semelhantes se repitam”, afirmou Rubio, destacando que 48 pessoas continuam sequestradas em Gaza, entre elas os cidadãos norte-americanos Omer Neutra e Itay Chen.
Plano de paz e alerta contra antissemitismo
No comunicado, o secretário defendeu o plano apresentado pelo presidente Donald Trump para encerrar a guerra na Faixa de Gaza e promover a paz regional. Rubio também advertiu para o aumento “preocupante” do antissemitismo global após os ataques de 2023, enfatizando que os EUA “não tolerarão atos de terrorismo nem de ódio contra Israel”.
Ele concluiu conclamando a comunidade internacional a apoiar Israel “neste doloroso aniversário”.
Hamas chama ataques de “resposta histórica”
Do outro lado, o grupo islâmico Hamas classificou o atentado de 7 de outubro como uma “resposta histórica em prol da causa palestina”. Em discurso televisionado, o dirigente Fawzi Barhoum alegou que a ação foi “necessária” para enfrentar tentativas de enfraquecer o movimento palestino. Há dois anos, militantes invadiram o território israelense, mataram cerca de 1.200 pessoas – incluindo crianças e idosos – e sequestraram aproximadamente 250, entre elas cidadãos dos Estados Unidos.
Negociações no Egito
Uma delegação israelense iniciou nesta semana, no Egito, negociações indiretas com o Hamas para discutir o plano de paz proposto por Trump. Na primeira fase, a proposta prevê que o grupo liberte todos os reféns, vivos ou mortos, em troca da soltura, por Israel, de centenas de prisioneiros palestinos.
O documento também inclui a desmilitarização da Faixa de Gaza e, em etapa posterior, a possibilidade de negociar um Estado palestino – alternativa que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda descarta.
O Hamas é representado pelo negociador-chefe Jalil al-Haya, que sobreviveu a um bombardeio israelense em 9 de setembro, no Catar, onde participava de reuniões preparatórias.
Com informações de Gazeta do Povo