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Universitários italianos tomam campi para apoiar flotilha Global Sumud com Greta Thunberg

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Roma, 1º de outubro de 2025 – Estudantes de diversas universidades da Itália ocuparam prédios acadêmicos nesta quarta-feira em respaldo à flotilha Global Sumud, grupo de embarcações que leva ativistas – entre eles a sueca Greta Thunberg – rumo à Faixa de Gaza, em desafio ao bloqueio marítimo imposto por Israel.

As mobilizações começaram em Pádua, onde uma assembleia com mais de 200 participantes aprovou a paralisação das atividades. A associação estudantil local defendeu “fechar universidades, cidades e o país” até que a instituição se manifeste contra o que chamou de genocídio em curso. Os alunos bloquearam o acesso às aulas na Faculdade de Letras e prometeram permanecer no campus, promovendo mesas-redondas e transmissões ao vivo com imagens enviadas pela flotilha.

Em Roma, integrantes da Universidade La Sapienza içaram uma bandeira palestina e ocuparam a Faculdade de Ciências Políticas. Segundo a organização juvenil comunista Cambiare Rotta, a ação foi precedida por uma grande marcha estudantil que percorreu ruas da capital.

Protestos se espalham pelo país

Movimentos semelhantes foram registrados em Gênova, onde estudantes dizem manter a ocupação da reitoria apesar de ameaças do reitor, e em cidades como Milão, Bolonha, Bari, Palermo e Perúgia, que preparam assembleias para uma eventual greve geral caso a flotilha seja interceptada.

Em Turim e Pisa, atos recentes resultaram na suspensão de parcerias acadêmicas com instituições israelenses. Os manifestantes exigem o fim de todos os acordos de cooperação entre universidades italianas e entidades de Israel.

Avanço da flotilha

No centro da mobilização está a flotilha Global Sumud, que, segundo os organizadores, transporta alimentos e medicamentos para Gaza. Na madrugada desta quarta, o grupo informou ter entrado em uma “zona de alto risco”, área próxima à barreira de segurança marítima montada por Israel para impedir o abastecimento do Hamas.

Os estudantes afirmam que ocuparão os campi “até novo aviso” e que intensificarão as ações caso as embarcações sejam impedidas de prosseguir.

Com informações de Gazeta do Povo