O governo ucraniano denunciou nesta terça-feira (18) que Moscou constituiu ao menos quatro unidades militares formadas por civis recrutados à força em territórios ocupados e por prisioneiros de guerra ucranianos capturados desde 2022.
A acusação foi apresentada por Dmytro Usov, secretário da Coordenação de Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia, durante a conferência Crimea Global, realizada em Kiev.
Quais são as unidades citadas
Segundo Usov, as tropas estão subordinadas à Direção Principal de Inteligência do Estado-Maior russo e recebem as seguintes denominações:
• Batalhão Bohdan Khmelnytsky;
• Batalhão Maksym Kryvonis;
• Destacamento Martyn Pushkar;
• Destacamento Oleksandr Matrosov.
De acordo com o secretário, 62 prisioneiros de guerra ucranianos teriam sido obrigados a firmar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia para servir nesses agrupamentos. Ele acrescentou que um militar retornou à custódia de Kiev após atuar no Batalhão Maksym Kryvonis.
Números da mobilização forçada
A plataforma United24 Media, que também repercutiu a denúncia, informou que 46.327 ucranianos foram mobilizados compulsoriamente entre fevereiro de 2022 e julho de 2025 nas regiões de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia, Kherson e Crimeia.
Conforme os dados apresentados por Usov, apenas na Crimeia 35.272 civis teriam sido recrutados, além de 5.368 em Sevastopol.
As alegações somam-se a relatos recentes de coerção em outras áreas ocupadas, onde autoridades instaladas por Moscou seriam responsáveis por pressionar famílias a aceitar passaportes russos sob ameaça de perda da guarda dos filhos.
Com informações de Gazeta do Povo