A Procuradoria-Geral de Istambul emitiu, nesta sexta-feira (7), mandados de prisão contra 37 cidadãos de Israel, entre eles o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, sob acusações de genocídio e crimes contra a humanidade relacionados à ofensiva na Faixa de Gaza.
Segundo o portal Turkiye Today, o comunicado da Procuradoria inclui também o ministro da Defesa, Israel Katz; o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, general Eyal Zamir; e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
Os promotores turcos citam vários episódios da guerra iniciada em outubro de 2023, entre eles a explosão no Hospital Batista Al-Ahli, em 17 de outubro de 2023. Na ocasião, Israel e Estados Unidos atribuíram o incidente a um lançamento malsucedido de foguete pela Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas.
Desde o início do conflito, a Turquia e Israel trocam acusações públicas. Ancara solicitou integrar a ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), que apura suposto genocídio em Gaza, e enviou carta à ONU pedindo embargo internacional de armas a Tel Aviv. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou a comparar Netanyahu a Adolf Hitler e suspendeu as relações comerciais entre os dois países.
A reação israelense veio em mensagem do ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, publicada na rede X. Ele qualificou os mandados como “manobra de marketing” de Erdogan e acusou o governo turco de usar o Judiciário para perseguir adversários políticos, jornalistas e prefeitos.
Até o momento, não há indicação de que as ordens de prisão emitidas por Istambul tenham respaldo de mecanismos internacionais de execução.
Com informações de Gazeta do Povo