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Trump e Xi retomam diálogo, reduzem tarifas e afrouxam controle sobre terras raras

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Seul – Após seis anos sem encontros presenciais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping voltaram a se reunir na quarta-feira (29) na Coreia do Sul, em meio a tensões comerciais. O encontro resultou em um pacote de medidas para aliviar a disputa entre as duas maiores economias do mundo.

Tarifas ligadas ao fentanil caem de 20% para 10%

Nesta quinta-feira (30), Trump anunciou a redução de 20% para 10% das tarifas aplicadas a produtos chineses em resposta ao tráfico de fentanil. Em contrapartida, Xi prometeu reforçar o controle sobre precursores químicos usados na produção do opioide, apontado por Washington como principal causa da crise de overdose nos EUA.

Compra de soja e exportação de terras raras

Segundo o presidente norte-americano, Pequim se comprometeu a retomar “quantidades enormes” de soja norte-americana, interrompidas durante a guerra comercial. A China também concordou em flexibilizar, por um ano, as restrições às exportações de terras raras – minerais essenciais para a fabricação de armamentos, celulares e outros equipamentos tecnológicos, setor no qual o país asiático domina o mercado global.

Suspensão de tarifas portuárias por 12 meses

O Ministério do Comércio da China confirmou que os dois governos suspenderão, por 12 meses, as taxas portuárias impostas recentemente. Os EUA deixarão de aplicar medidas baseadas na Seção 301 que taxavam navios de bandeira ou construção chinesa, enquanto Pequim cancelará a tarifa de US$ 56 por tonelada líquida cobrada de embarcações norte-americanas. A taxa de US$ 50 por tonelada sobre navios chineses que atracavam em portos norte-americanos também será suspensa.

Outros temas tratados

Trump relatou ainda ter perguntado a Xi sobre possíveis formas de cooperação para encerrar a guerra na Ucrânia. A questão de Taiwan não foi discutida. O republicano disse esperar um novo encontro com o líder chinês em abril do próximo ano, na China, e definiu as conversas como “incríveis”.

No retorno a Washington, a bordo do Air Force One, o presidente declarou acreditar que um acordo comercial abrangente poderá ser assinado “em breve”.

Com informações de Gazeta do Povo