O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 16 de setembro de 2025, um processo por calúnia e difamação contra o The New York Times. A ação, que será protocolada na Flórida, pede US$ 15 bilhões em indenização ao jornal, a quatro repórteres e à editora Penguin Random House por publicações consideradas ofensivas ao republicano.
Em postagem na rede social Truth Social, Trump declarou: “O ‘The New York Times’ foi autorizado a mentir e me difamar livremente por muito tempo e isso acaba, AGORA!”. Segundo ele, o veículo tornou-se “porta-voz do Partido Democrata de Esquerda Radical” e teria oferecido “uma grande contribuição ilegal” à campanha da democrata Kamala Harris ao apoiá-la nas últimas eleições.
Acusações e alvos do processo
Na ação, o presidente sustenta que o jornal mantém “uma rede de mentiras” sobre sua família, seus negócios, o movimento America First e a sigla MAGA (Make America Great Again). Além do Times, são citados quatro jornalistas que assinaram reportagens críticas e a Penguin Random House, responsável por compilar textos do periódico em formato de livro.
Antecedentes judiciais
Esta não é a primeira investida de Trump contra o jornal. Em 2021, ele havia solicitado US$ 100 milhões por artigos sobre suas finanças e impostos publicados em 2018. O caso foi rejeitado, e o presidente foi condenado a pagar cerca de US$ 400 mil em custas processuais ao Times e a três repórteres.
Trump também menciona “processos bem-sucedidos” contra as redes de televisão ABC News e CBS. Segundo o republicano, acordos extrajudiciais resultaram em pagamentos milionários que serão destinados à futura biblioteca presidencial. Em julho deste ano, ele ajuizou outra ação, dessa vez contra o Wall Street Journal, a News Corp, o empresário Rupert Murdoch e dois redatores por atribuírem a ele uma carta enviada ao financista Jeffrey Epstein, morto em 2019.
Até o momento, o New York Times não comentou o novo processo.
Com informações de Gazeta do Povo