Washington (EUA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a aplicação da pena de morte a Decarlos Brown, 34 anos, suspeito de assassinar a ucraniana Iryna Zarutska, 23, dentro de um trem em Charlotte, Carolina do Norte. O crime ocorreu em 22 de agosto e ganhou repercussão nacional após a divulgação das imagens do ataque na terça-feira (9).
As filmagens mostram Brown sentado atrás da vítima. Cerca de quatro minutos depois, ele retira uma faca do bolso e atinge o pescoço da jovem pelas costas, sem qualquer interação prévia. Passageiros hesitam antes de socorrer Iryna; alguns tentam estancar o sangramento, mas ela não resiste.
Reação da Casa Branca
Em vídeo gravado na terça-feira, Trump criticou as políticas de segurança de cidades comandadas por democratas e afirmou que “é hora de restaurar lei e ordem”. Na quarta-feira (10), usou a rede Truth Social para defender punição máxima: “O animal que matou de forma tão violenta a bela jovem da Ucrânia deve receber um julgamento rápido (…) e ser condenado à pena de morte. Não pode haver outra opção”.
Antecedentes do acusado
Brown possui longo histórico criminal, incluindo condenações por furto qualificado, invasão de domicílio e roubo à mão armada, pelo qual cumpriu oito anos de prisão. Documentos judiciais indicam episódios de distúrbios mentais. Mesmo após perder fianças em três ocasiões, ele foi posto em liberdade por decisão da juíza Teresa Stokes, em janeiro deste ano.
Segundo nota da Casa Branca, Brown será enquadrado em crime federal. Em caso de condenação, pode enfrentar prisão perpétua ou pena capital.
Imagem: Reprodução da Casa Branca
Contexto da segurança pública
O governo federal tem defendido o envio de tropas a grandes centros urbanos. A Guarda Nacional já foi mobilizada em Washington e Los Angeles, e o presidente ameaça adotar a mesma medida em cidades como Chicago. Em artigo publicado no New York Times na segunda-feira (8), o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, disse que a presença maciça de militares não resolve as causas da violência, citando pobreza, desemprego e falta de serviços de saúde mental.
Iryna Zarutska deixou a Ucrânia em 2022, junto com a mãe e os irmãos, para fugir da guerra contra a Rússia. Brown foi detido na plataforma logo após o ataque e permanece sob custódia.
Com informações de Gazeta do Povo