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Após ligação com Xi, Trump teria pedido ao Japão que modere declarações sobre Taiwan, afirma WSJ

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Washington – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aconselhou a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, a reduzir o tom de suas declarações a respeito de Taiwan logo após conversar por telefone com o líder chinês Xi Jinping, informou o Wall Street Journal nesta quinta-feira (27).

Segundo o jornal, autoridades japonesas e uma fonte americana a par do diálogo disseram que Trump telefonou para Takaichi no mesmo dia em que falou com Xi. A conversa entre o norte-americano e o dirigente chinês durou cerca de uma hora, e metade do tempo teria sido dedicada à insatisfação de Pequim com as recentes declarações de Tóquio sobre o estreito de Taiwan.

No início de novembro, Takaichi afirmou que o Japão poderia mobilizar as Forças de Autodefesa se a China atacasse Taiwan. A fala provocou reações imediatas de Pequim, que anunciou medidas econômicas e diplomáticas contra o governo japonês e intensificou críticas públicas.

De acordo com o WSJ, durante a ligação com Trump, Xi reiterou que Taiwan “deve retornar à China” e qualificou essa meta como pilar da ordem internacional do pós-guerra. O líder chinês também ressaltou que Estados Unidos e China compartilham responsabilidade pela estabilidade global.

Em resposta ao jornal, a Casa Branca evitou comentar se Trump orientou Takaichi a suavizar o discurso. Limitou-se a destacar o “bom relacionamento” com Pequim e Tóquio: “A relação dos Estados Unidos com a China é muito boa, e isso também é muito bom para o Japão, nosso querido e próximo aliado”, afirmou em nota.

O governo americano acrescentou que Xi pretende ampliar compras de soja e outros produtos agrícolas dos EUA, parte de acordos comerciais firmados recentemente entre Washington e Pequim. A Casa Branca reiterou que preservar esses entendimentos com China, Japão e Coreia do Sul é prioridade para “manter a paz” na região.

O gabinete da primeira-ministra japonesa negou que Trump tenha pedido para ela evitar provocações à China. Uma porta-voz declarou ao WSJ que tal solicitação “não foi feita”.

Com informações de Gazeta do Povo