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Trump impõe monitoramento financeiro a Harvard e cobra carta de crédito de US$ 36 milhões

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O Departamento de Educação dos Estados Unidos (ED) colocou a Universidade de Harvard sob o regime de Monitoramento Elevado de Caixa (HCM, na sigla em inglês), informou a pasta nesta sexta-feira, 19 de setembro de 2025. A medida exige que a instituição use recursos próprios para pagar benefícios federais aos estudantes antes de solicitar reembolsos ao governo.

De acordo com o comunicado, os alunos continuarão aptos a receber financiamento federal, mas Harvard precisará realizar os desembolsos iniciais como garantia de que os fundos públicos serão utilizados “de maneira responsável”.

Como contrapartida, o ED determinou que a universidade apresente uma carta de crédito irrevogável de US$ 36 milhões ou outro instrumento financeiro aprovado pelo governo, assegurando o cumprimento de obrigações com os estudantes e com o próprio departamento.

O órgão federal justificou a decisão alegando que a direção de Harvard autorizou a emissão de mais de US$ 1 bilhão em títulos de dívida para financiar suas operações. Segundo o ED, documentos da própria universidade apontam que mudanças recentes no cenário federal podem afetar negativamente o desempenho financeiro e operacional da instituição.

Até o momento, Harvard não se pronunciou sobre a determinação.

Ações judiciais anteriores

Em início de setembro, uma juíza indicada pelo ex-presidente Barack Obama derrubou o bloqueio de US$ 2,6 bilhões em verbas federais imposto pela gestão Trump em abril. Na ocasião, o governo acusou a universidade de discriminação, falta de combate efetivo ao antissemitismo e adoção de critérios de admissão e contratação não baseados no mérito.

O Executivo republicano também levou à Justiça outras medidas contra Harvard, como uma proclamação que proibia a entrada de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos para cursos na instituição e o cancelamento da permissão para matricular alunos de fora do país.

Com informações de Gazeta do Povo