Daniel Patrick Driscoll, 38 anos, recém-nomeado secretário do Exército dos Estados Unidos, assumiu o papel de principal emissário do presidente Donald Trump nas negociações para encerrar o conflito iniciado com a invasão russa à Ucrânia em 2022.
O veterano, apelidado na Casa Branca de “cara dos drones” pela defesa enfática de sistemas não tripulados, encontra-se em Abu Dhabi, onde mantém encontros paralelos com o chefe da inteligência militar ucraniana e com uma delegação russa cuja composição não foi divulgada.
Trajetória militar e acadêmica
Formado em Administração de Empresas pela Universidade da Carolina do Norte e em Direito por Yale, Driscoll alistou-se no Exército em 2007 e serviu no Iraque em 2009. Após deixar o serviço ativo, atuou no setor privado, chegando ao cargo de diretor de operações de um fundo de private equity.
Em 25 de fevereiro de 2025, o Senado confirmou sua nomeação como secretário do Exército feita por Trump. Ele também responde interinamente pela direção do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF).
Disputa por recursos tecnológicos
Desde que assumiu o posto, Driscoll vem travando embates com o Congresso para flexibilizar o orçamento da Defesa e acelerar a modernização de armamentos. Seu foco está em guerra eletrônica, drones, sistemas não tripulados, inteligência artificial e robótica — áreas que ele descreve como parte de uma “guerra santa” contra a burocracia.
Missão diplomática relâmpago
Neste mês, Trump enviou Driscoll a Kiev com uma proposta de paz que prevê concessões territoriais à Rússia e a retirada da intenção ucraniana de ingressar na Otan. Depois da visita à capital ucraniana, o secretário participou de rodadas multilaterais em Genebra e, em 25 de novembro, abriu nova frente de diálogo com representantes russos nos Emirados Árabes Unidos.
Driscoll é considerado próximo do vice-presidente J.D. Vance, que atua como interlocutor político das conversas. A Casa Branca evita comentar detalhes, mas autoridades americanas indicam que o veterano deve permanecer no Oriente Médio nos próximos dias para dar sequência às tratativas.
Apesar da agenda diplomática, Driscoll continua pressionando internamente por mais investimentos em tecnologia militar, reforçando a imagem de especialista em drones que o levou ao centro da estratégia de Washington para o fim da guerra.
Com informações de Gazeta do Povo