O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou no sábado (4) o deslocamento de 300 integrantes da Guarda Nacional para Chicago, Illinois. Segundo a Casa Branca, a medida busca conter o que Trump classificou como “onda de crime fora de controle” em meio aos protestos contra a política federal de imigração.
A decisão foi tomada poucas horas depois de o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) relatar choques entre manifestantes e agentes federais na cidade administrada por democratas há quase um século. Na véspera, uma mulher armada foi baleada durante os atos, informaram as autoridades.
“Hoje, em Chicago, membros de nossa corajosa força policial foram atacados, colididos e encurralados por dez veículos, incluindo um agressor portando uma arma semiautomática”, declarou a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em rede social. “Estou enviando mais operações especiais para controlar a cena. Reforços estão a caminho. Se encontrar um policial hoje, agradeça a ele.”
A iniciativa federal recebeu críticas de autoridades locais. O governador de Illinois, o democrata JB Pritzker, acusou o presidente de “fabricar uma crise”. “Não precisávamos desses militares antes de aparecerem. O que deveriam fazer é permitir que trabalhemos com FBI, ATF e DEA, que são órgãos civis, para identificar e prender os criminosos”, afirmou.
Também no sábado, uma juíza distrital expediu Ordem de Restrição Temporária impedindo o envio de 200 soldados da Guarda Nacional a Portland, Oregon, onde protestos similares ganharam força nas últimas semanas.
Chicago, ao lado de cidades como Washington e Los Angeles, todas comandadas por prefeitos democratas, tem sido palco de manifestações constantes contra as diretrizes migratórias da administração Trump.
Com informações de Gazeta do Povo