O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou o fim de todas as iniciativas diplomáticas em curso com a Venezuela e instruiu o enviado especial Richard Grenell a interromper imediatamente qualquer tentativa de aproximação. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025.
Segundo fontes ouvidas pelo periódico, a ordem presidencial encerra as conversas que Grenell mantinha com representantes do governo de Nicolás Maduro, cujo objetivo era avaliar possibilidades de acordo entre Washington e Caracas.
O cancelamento dos contatos representa uma mudança substancial na estratégia da Casa Branca para a crise venezuelana. Até então, o governo norte-americano combinava pressão econômica e militar com canais de diálogo explorados por Grenell.
Presença militar no Caribe
Atualmente, os Estados Unidos mantêm oito navios de guerra, um submarino de ataque rápido de propulsão nuclear e mais de 4.500 militares no Caribe. Washington justifica o destacamento como parte de uma campanha contra o narcotráfico na região.
Desde agosto, as forças norte-americanas destruíram pelo menos cinco embarcações ligadas a cartéis de drogas, de acordo com autoridades dos EUA. Trump declarou que o país trava um “conflito armado não internacional” contra essas organizações, argumento usado para legitimar as ações militares.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, qualifica a operação norte-americana como uma tentativa de promover “mudança de regime” e instalar “governos fantoches” em Caracas.
A decisão de Trump de cancelar as negociações com a Venezuela entra em vigor imediatamente, conforme indicado pelo próprio presidente ao enviado especial.
Com informações de Gazeta do Povo
