O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, que o governo norte-americano já adotou medidas significativas contra a Rússia e que estuda aplicar novas etapas de sanções, classificadas por ele como “fase dois” e “fase três”. A declaração foi dada em entrevista coletiva no Salão Oval, na Casa Branca, após perguntas sobre a ausência de ações mais contundentes para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar a guerra na Ucrânia.
Questionado inicialmente se tinha alguma mensagem para Putin, Trump respondeu que “não”. “Ele sabe qual é a minha posição e tomará uma decisão de uma forma ou de outra. Se ficarmos insatisfeitos, vocês verão coisas acontecerem”, disse.
Ao ouvir de um repórter que não haveria iniciativas efetivas contra Moscou, o líder norte-americano citou a sobretaxa de 50% sobre importações indianas por causa da compra de petróleo russo, em vigor desde a semana passada. “Você chama isso de não tomar nenhuma ação? Isso custou centenas de bilhões de dólares à Rússia. E eu ainda não implementei a fase dois ou a fase três”, afirmou.
Trump recordou que, duas semanas antes, havia advertido Nova Délhi sobre possíveis punições caso continuasse adquirindo combustíveis da Rússia. “Se a Índia comprar, a Índia terá grandes problemas, e foi isso que aconteceu”, declarou.
Em 8 de agosto expirou o prazo dado por Trump para que Putin negociasse um cessar-fogo. A partir dessa data, Washington poderia aplicar tarifas secundárias de 100% a países que importam produtos russos, entre eles o Brasil, que ampliou a compra de petróleo e derivados de Moscou nos últimos anos.

Imagem: AAR SCHWARTZ
As tarifas, contudo, não foram estendidas a todos os clientes da Rússia porque houve uma reunião entre Trump e Putin no Alasca na semana seguinte. Mesmo sem acordo de trégua, o governo norte-americano ainda não aplicou as sanções adicionais. O encontro entre Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometido por Trump, não ocorreu até o momento devido à resistência do Kremlin.
Com informações de Gazeta do Povo