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Trump determina fechamento total do espaço aéreo venezuelano e eleva pressão sobre Maduro

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado, 29 de novembro de 2025, que o espaço aéreo da Venezuela deve ser “completamente fechado”. A mensagem foi publicada na rede social Truth Social e dirigida a “todas as companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de pessoas”. Trump não detalhou quais medidas serão adotadas para garantir o bloqueio.

O aviso ocorre em meio a tensão crescente entre Washington e o regime de Nicolás Maduro. Na véspera, o jornal New York Times noticiou uma conversa telefônica entre os dois líderes, na qual Trump teria alertado Maduro sobre um possível aumento das operações militares norte-americanas no Caribe caso ele não deixe o poder. O telefonema contou com a presença do secretário de Estado, Marco Rubio, crítico declarado do chavismo.

Segundo a reportagem, Trump exigiu que Maduro e integrantes de seu círculo próximo, acusados de envolvimento em tráfico de drogas, armas e petróleo, abandonem o país “imediatamente”. O republicano também enviou recado a autoridades venezuelanas apontadas por violações de direitos humanos e pela condução das recentes eleições contestadas.

Movimentação militar na região

Nos últimos dias, o chefe da Casa Branca afirmou que as Forças Armadas dos EUA podem agir “muito em breve” em solo venezuelano contra redes de narcotráfico. Paralelamente, a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, confirmou na sexta-feira (28) a instalação de um novo radar norte-americano no país, próximo à costa venezuelana. Cerca de 350 fuzileiros da 22ª Unidade Expedicionária dos Marines realizaram exercícios conjuntos com as forças locais entre 16 e 21 de novembro.

Na quinta-feira (27), o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, visitou o USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, atualmente destacado para o Caribe diante da escalada de atritos com Caracas.

Efeitos sobre a aviação comercial

Desde 21 de novembro, a Administração Federal de Aviação (FAA) recomenda “extrema cautela” em voos sobre a Venezuela e o sul do Caribe, citando “situação potencialmente perigosa”. A orientação resultou no cancelamento de diversas rotas. Dados do setor privado obtidos pela agência EFE indicam queda de 24,7% nos voos semanais da Venezuela para o exterior após o fim das concessões de seis companhias aéreas, entre elas a brasileira Gol, por decisão do governo Maduro.

Uma fonte do mercado aéreo disse à EFE que o país “praticamente perdeu toda a conectividade com a Europa” desde então.

Com a determinação de Trump para o bloqueio completo do espaço aéreo, companhias e pilotos aguardam detalhes sobre possíveis restrições adicionais e impacto nas poucas rotas ainda operantes.

Com informações de Gazeta do Povo