O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 14 de novembro, que já tomou uma decisão a respeito de uma possível intervenção militar na Venezuela, mas preferiu não divulgar o que pretende fazer. “Já me decidi, não posso dizer o que será”, declarou a jornalistas enquanto se dirigia ao avião presidencial que partia de Washington rumo à Flórida, onde passará o fim de semana.
Trump acrescentou que seu governo “avançou muito” no bloqueio da entrada de drogas provenientes do país sul-americano, referência aos recentes ataques a lanchas no mar do Caribe que, segundo a Casa Branca, eram utilizadas por narcotraficantes.
Reunião no Pentágono
Cerca de uma hora antes da declaração na Casa Branca, o jornal The Washington Post informou que o presidente reuniu-se com o secretário de Guerra, Pete Hegseth, e outras autoridades do Pentágono para discutir opções de estratégia militar em relação à Venezuela. Um funcionário do governo, sob condição de anonimato, disse ao periódico que as tropas mobilizadas no Caribe aguardam ordens para agir.
O mesmo funcionário afirmou que Trump adota deliberadamente uma postura de ambiguidade estratégica, evitando dar sinais claros aos adversários sobre seus próximos passos.
Operação antidrogas no Caribe
A mobilização militar dos EUA na região, considerada inédita, é justificada pelo governo americano como parte de uma ofensiva contra o narcotráfico que teria origem na Venezuela e seguiria por via marítima até território norte-americano. Washington relaciona a atividade dos cartéis — designados como organizações terroristas — ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O Comando Sul dos Estados Unidos divulgou, na rede X, um vídeo de mais um ataque a embarcação no Caribe. Na gravação, quatro supostos traficantes que estavam a bordo foram mortos.
Com informações de Gazeta do Povo