O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na manhã deste domingo, 19 de outubro de 2025, a suspensão de todos os pagamentos e subsídios enviados à Colômbia. Em mensagem publicada na rede social Truth Social, o republicano classificou o presidente colombiano, Gustavo Petro, como “líder do tráfico de drogas” e o acusou de incentivar a produção em massa de entorpecentes.
“A partir de hoje, esses pagamentos, ou qualquer outra forma de subsídio, não serão mais enviados à Colômbia”, escreveu Trump. Segundo ele, o governo colombiano estaria permitindo que o cultivo de drogas se tornasse “o maior negócio do país”, com o objetivo de abastecer o mercado norte-americano.
A Colômbia é historicamente o maior produtor de cocaína do mundo. Todos os anos, Washington destina milhões de dólares a programas de cooperação voltados ao combate ao narcotráfico e ao desenvolvimento rural alternativo no território colombiano. Esses repasses agora ficam suspensos por decisão do governo Trump.
Troca de acusações
No sábado, 18 de outubro, Petro havia criticado os Estados Unidos nas redes sociais, acusando o país de violar a soberania das águas colombianas durante operações militares antidrogas no Caribe, centradas na vizinha Venezuela.
Trecho da mensagem de Trump
Na publicação, Trump afirmou que Petro “não faz nada para deter” a expansão das plantações de coca, mesmo após “grandes pagamentos” recebidos de Washington. O presidente norte-americano ainda alertou que, caso Bogotá não interrompa a atividade, “os Estados Unidos fecharão esses campos”, em suas palavras, “de forma não agradável”.
Tensão regional
A Casa Branca mantém também um embate com o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. O governo Trump acusa o líder venezuelano e integrantes do alto escalão de comandarem o chamado Cartel de Los Soles, envolvido no envio de drogas para território norte-americano e relacionado à facção Tren de Aragua, que expandiu atuação pela América Latina e chegou aos EUA.
Recentemente, Trump autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas na Venezuela, medida apontada pela Casa Branca como uma escalada da pressão sobre Maduro.
Até o momento, o governo colombiano não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de Washington.
Com informações de Gazeta do Povo
