Washington, 1º de outubro de 2025 – O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou nesta quarta-feira (1º) o repasse de US$ 18 bilhões destinados a dois megaprojetos de transporte em Nova York. Segundo a Casa Branca, a suspensão visa impedir o uso de verbas federais em contratos que adotem critérios de diversidade, equidade e inclusão (DEI), considerados inconstitucionais pelo Executivo republicano.
O congelamento atinge a construção de um novo túnel ferroviário sob o rio Hudson, que ligaria os estados de Nova York e Nova Jersey, e a expansão de uma linha de metrô no leste de Manhattan. Juntos, os empreendimentos figuram entre os maiores investimentos de infraestrutura em andamento no hemisfério ocidental.
“Cerca de 18 bilhões de dólares em projetos na cidade de Nova York estão paralisados para garantir que o financiamento não seja distribuído com base em princípios DEI inconstitucionais”, afirmou no X (ex-Twitter) o diretor do Escritório de Gestão e Orçamento, Russell Vought.
O anúncio foi feito poucas horas após o início do primeiro shutdown parcial do governo federal em sete anos, provocado pela falta de acordo entre republicanos e democratas sobre o orçamento anual. Entre os pontos de impasse está a destinação de verbas para programas de saúde que, segundo Trump, beneficiariam imigrantes em situação irregular — acusação negada pela oposição.
Em nota, o Departamento de Transportes (DOT) informou que os projetos nova-iorquinos foram submetidos a revisão administrativa para verificar o cumprimento da recente norma federal que proíbe exigências de raça ou sexo em contratos financiados por Washington. O comunicado responsabiliza os democratas Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, e Hakeem Jeffries, chefe da minoria na Câmara, pelo atraso na análise.
“Sem orçamento aprovado, o Departamento foi obrigado a dispensar a equipe de direitos civis encarregada da revisão”, diz o texto, acusando “decisão imprudente dos democratas radicais” de paralisar o governo para “conceder benefícios a imigrantes ilegais”.
Ainda não há prazo para que os recursos sejam liberados ou para a retomada dos trabalhos nos canteiros das duas obras.
Com informações de Gazeta do Povo
