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Trump condena bombardeio israelense no Catar, mas endossa meta de erradicar o Hamas

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta terça-feira, 9 de setembro de 2025, o ataque realizado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) contra o quartel-general político do Hamas em Doha, Catar. Apesar da desaprovação, o chefe da Casa Branca classificou como “nobre” o objetivo de eliminar o grupo considerado terrorista.

Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou ter sido informado pelo comando militar dos EUA de que Israel avançava contra posições do Hamas na capital catariana. Segundo ele, a decisão partiu exclusivamente do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Bombardear unilateralmente o Catar, uma nação soberana e aliada próxima dos Estados Unidos, não serve aos interesses de Israel nem dos EUA”, escreveu.

O presidente relatou que ordenou ao enviado especial Steve Witkoff que alertasse as autoridades catarianas sobre a investida, mas a comunicação chegou “tarde demais” para evitá-la. Trump destacou ainda que considera o Catar “um forte aliado e amigo” dos Estados Unidos e disse lamentar o local escolhido para o ataque.

Trump revelou ter conversado com Netanyahu após a ofensiva. De acordo com o presidente norte-americano, o premiê israelense declarou desejar a paz e enxerga o incidente como possível “oportunidade” para um acordo. O líder dos EUA acrescentou que também falou com representantes de Doha para garantir que ação semelhante “não se repetirá” em território catariano e instruiu o secretário de Estado, Marco Rubio, a concluir um tratado de cooperação em defesa com o país árabe.

Na mesma terça-feira, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, qualificou o bombardeio como “terrorismo de Estado” e declarou que Doha se reserva o direito de reagir. Até o momento, não há confirmação sobre mortes de líderes do Hamas. A organização informou que cinco integrantes foram mortos, mas nenhum fazia parte da equipe envolvida nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Com informações de Gazeta do Povo