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Trump cogita operação antidrogas na Venezuela e reforça presença militar no Caribe

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Brasília, 15 de setembro de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (15) que não descarta uma ação militar contra o narcotráfico na Venezuela. “Vamos ver o que acontece”, declarou o republicano, ao ser questionado sobre a possibilidade de atacar o chamado Cartel de los Sóis, organização que Washington vincula ao governo de Nicolás Maduro.

Falando a jornalistas em Nova Jersey, Trump acusou Caracas de permitir a entrada de criminosos em território norte-americano. “Isso é inaceitável. Não gostamos do que a Venezuela está nos enviando: nem suas drogas, nem seus membros de gangue”, disse.

Navios, submarino e caças deslocados

Segundo o governo dos Estados Unidos, oito navios de guerra equipados com mísseis e um submarino de propulsão nuclear estão posicionados próximos à costa venezuelana. Além disso, dez caças F-35 foram enviados para uma base aérea em Porto Rico. A administração Maduro afirma que o movimento militar é uma tentativa de promover “mudança de regime”.

Incidente no mar

No sábado (13), a Venezuela acusou um destróier norte-americano de abordar de forma “ilegal” uma embarcação de pesca do país. O barco, com oito pescadores, teria permanecido ocupado por oito horas a 48 milhas náuticas da Ilha de La Blanquilla, dentro da Zona Econômica Exclusiva venezuelana. Para Caracas, a ação busca justificar “uma escalada bélica” no Caribe.

Reação chinesa

O governo da China condenou as manobras dos EUA. Em entrevista coletiva, o porta-voz da chancelaria, Lin Jian, afirmou que as atividades norte-americanas “ameaçam a paz e a segurança regionais” e “violam gravemente a soberania, a segurança e os direitos legítimos de outros países, além do direito internacional”. Jian pediu que Washington não utilize o combate ao narcotráfico como “desculpa” para interferir nos assuntos internos venezuelanos.

O representante chinês declarou ainda que Pequim apoia a cooperação internacional contra o crime transfronteiriço, mas se opõe ao “uso unilateral e excessivo da força” e à ingerência externa na Venezuela.

Até o momento, os Estados Unidos não detalharam eventuais próximos passos, enquanto autoridades venezuelanas continuam denunciando uma possível intervenção e conclamando suas bases a se preparar para a defesa armada.

Com informações de Gazeta do Povo