Washington (29.nov.2025) – O governo dos Estados Unidos avalia excluir imigrantes em situação irregular de programas de créditos fiscais e intensificar a fiscalização sobre o envio de dinheiro para o exterior. O plano foi confirmado nesta sexta-feira (29) pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, após uma orientação direta do presidente Donald Trump.
Em publicação na rede social X, Bessent afirmou que a equipe econômica trabalha “para cortar benefícios federais dos estrangeiros ilegais e preservá-los para os cidadãos dos Estados Unidos”. A mensagem repetiu o anúncio de Trump, que prometeu frear a imigração “de todos os países do terceiro mundo” depois do ataque a tiros, na quarta-feira (27), que matou uma soldado da Guarda Nacional em Washington. O autor dos disparos é um cidadão afegão.
De acordo com o Tesouro, a proposta atinge as partes reembolsáveis de quatro benefícios: o Earned Income Tax Credit (crédito de renda por trabalho), o crédito adicional por filhos, o American Opportunity Credit (voltado a gastos educacionais) e o crédito por contribuições a contas de poupança. Imigrantes ilegais e “outros estrangeiros que não se qualifiquem” ficariam de fora dessas modalidades.
Trump alegou que um imigrante que receba US$ 30 mil por ano com o green card chega a obter aproximadamente US$ 50 mil anuais em benefícios para a família. A declaração foi compartilhada pelo secretário do Tesouro.
Paralelamente, o Departamento do Tesouro divulgou um alerta da Rede de Controle de Crimes Financeiros (FinCEN) sobre remessas internacionais. Em 2024, os envios de recursos a partir dos Estados Unidos somaram mais de US$ 72 bilhões. O órgão pediu às empresas de transferência de dinheiro que permaneçam “vigilantes” para identificar e reportar operações suspeitas, citando riscos de financiamento ao terrorismo, lavagem de dinheiro e narcotráfico.
Pelas regras da FinCEN, movimentações suspeitas a partir de US$ 2 mil devem ser comunicadas ao governo. “Se você está aqui ilegalmente, não há lugar para você no nosso sistema financeiro”, afirmou Bessent, ao defender o endurecimento das medidas.
Com informações de Gazeta do Povo