Washington (26.out.2025) – O senador republicano Lindsey Graham afirmou neste domingo (26) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende comunicar o Congresso nos próximos dias sobre a possibilidade de iniciar operações terrestres contra o narcotráfico na Venezuela e na Colômbia.
Em entrevista ao programa “Face The Nation”, da emissora CBS, Graham relatou ter conversado com o presidente na véspera. “O presidente planeja informar os membros do Congresso, assim que retornar da Ásia, sobre futuras operações militares contra a Venezuela e a Colômbia”, declarou.
Questionado se a Casa Branca cogita ataques em solo após mais de um mês de ações navais no Caribe, próximas à costa venezuelana, e, mais recentemente, no Pacífico, perto da Colômbia, o senador respondeu de forma categórica: “Sim”. Segundo ele, está prevista “uma sessão informativa no Congresso sobre a possível expansão do mar para a terra”.
Defesa das ações navais
Graham, aliado próximo de Trump, defendeu a estratégia de afundar lanchas suspeitas de transportar drogas. Para o senador, o presidente “tem toda a autoridade do mundo” para ordenar esse tipo de operação. “Isso não é assassinato. É proteger os Estados Unidos do envenenamento por narcoterroristas da Venezuela e da Colômbia”, disse.
Dados das Forças Armadas norte-americanas apontam que, desde o início das ações em setembro, pelo menos dez embarcações foram afundadas, com cerca de 43 pessoas a bordo. A Casa Branca sustenta que as medidas impedem a entrada de drogas no país.
Críticas e resposta
Críticos, no entanto, questionam a legalidade dos afundamentos, alegando falta de comprovação de que as lanchas transportavam entorpecentes e de garantia de devido processo legal aos tripulantes. Em entrevista ao “Meet The Press”, da NBC, o senador democrata Rubén Gallego classificou as mortes como “assassinato autorizado”.
Graham rebateu as críticas, afirmando que os militares “não estão assassinando ninguém”. “Eles estão tornando os Estados Unidos mais seguros ao perseguir narcoterroristas e cumprindo ordens legais”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo