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Trump apoia candidato conservador e acirra eleição presidencial em Honduras

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A corrida presidencial em Honduras, marcada para este domingo, 30 de novembro, ganhou contornos internacionais após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar apoio público ao conservador Nasry Asfura. O gesto intensificou a disputa entre a permanência da esquerda no poder e a volta da direita ao comando do país centro-americano.

Quem está na disputa

Três nomes lideram a corrida:

• Rixi Moncada – Aliada da presidente Xiomara Castro, concorre pelo partido governista de esquerda.

• Nasry Asfura – Ex-prefeito de Tegucigalpa e principal adversário, representa o conservador Partido Nacional e conta com o endosso de Trump.

• Salvador Nasralla – Apresentador de TV, disputa pelo Partido Liberal (centro-direita) com foco no combate à corrupção.

As promessas de campanha

Moncada pretende ampliar o papel do Estado na economia, encerrando o que chama de “modelo neoliberal” e criando novas estatais. Asfura defende parcerias público-privadas e um mercado de livre iniciativa. Nasralla propõe instalar uma comissão internacional contra a corrupção e adotar incentivos para atrair investimentos externos.

Interferência externa e tensão política

Ao declarar que a eleição hondurenha é um “muro contra regimes como Cuba e Venezuela”, Trump classificou os rivais de Asfura como “comunistas”, inflamando o debate político e mobilizando eleitores. Analistas locais apontam que o apoio norte-americano fortalece a campanha conservadora e amplia a polarização.

Desafios do país

Mais de 60% dos hondurenhos vivem na pobreza, cenário agravado por desemprego, insegurança e denúncias de corrupção. Os problemas sociais minam a confiança na classe política e devem pesar na decisão dos mais de seis milhões de eleitores aptos a votar.

Dúvidas sobre a lisura do pleito

A transparência da votação é questionada por suspeitas de fraude e alegações de interferência do Ministério Público em investigações contra autoridades eleitorais. Organizações como ONU e OEA cobraram a garantia de independência do órgão eleitoral para assegurar um processo livre e justo.

A presidente Xiomara Castro também enfrenta acusações de pressionar autoridades responsáveis pela organização do pleito, aumentando as preocupações sobre a legalidade das urnas.

Com país dividido, denúncias de irregularidades e influência externa, a escolha do novo presidente de Honduras neste domingo promete repercutir além das fronteiras nacionais.

Com informações de Gazeta do Povo