A Academia Real de Ciências da Suécia anunciou nesta terça-feira (7) os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2025. O reconhecimento foi concedido a John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis por experimentos que comprovaram, em um circuito elétrico de tamanho palpável, o tunelamento quântico e a quantização de energia.
Os estudos foram realizados entre 1984 e 1985 na Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA). Ao separar dois supercondutores por uma película isolante, os pesquisadores demonstraram que todas as cargas elétricas podiam agir coletivamente como uma única partícula quântica. O sistema, inicialmente preso em um estado sem voltagem, atravessou a barreira de energia por meio de tunelamento quântico, gerando corrente elétrica mensurável.
Além disso, Clarke, Devoret e Martinis comprovaram que o circuito só absorve ou emite energia em valores discretos, evidência direta da quantização prevista pela mecânica quântica. “Não imaginávamos que esse trabalho pudesse render um Nobel”, declarou Clarke após o anúncio feito em Estocolmo.
Porta para nova geração de tecnologia
De acordo com o Comitê Nobel, os resultados abrem caminho para aplicações como computação quântica, criptografia avançada e sensores de precisão extrema. Ao demonstrar efeitos quânticos em componentes que cabem na mão, o trio reduziu a distância entre a física fundamental e dispositivos tecnológicos.
A cerimônia de entrega do prêmio ocorrerá em 10 de dezembro, data de morte de Alfred Nobel, no Konserthuset de Estocolmo.
Com informações de Gazeta do Povo