O governo de Trinidad e Tobago decidiu permitir, nas próximas semanas, o trânsito de aeronaves militares dos Estados Unidos em aeroportos do país. O anúncio foi feito na segunda-feira (16/12/2025) pelo Ministério de Relações e Assuntos Exteriores da Comunidade do Caribe (Caricom).
Em comunicado, a pasta destacou que a medida integra a cooperação de segurança mantida com Washington e pretende “promover a segurança e a estabilidade regionais”. Segundo o ministro de Assuntos Exteriores da Caricom, Sean Sobers, a primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar reafirmou o compromisso do gabinete “com a proteção de Trinidad e Tobago e de toda a região”.
O governo trinitense informou que as autorizações concedidas aos Estados Unidos têm caráter logístico, voltadas ao reabastecimento de suprimentos e à rotação rotineira de pessoal. De acordo com o ministério, a liberação não altera a postura de defesa do país e se insere em acordos de segurança firmados há vários anos entre as duas nações.
Reação de Caracas
Horas após o anúncio, o regime de Nicolás Maduro comunicou a suspensão imediata de qualquer “acordo, contrato ou negociação” para fornecimento de gás natural a Trinidad e Tobago. A decisão ocorre em meio ao aumento da presença militar norte-americana no Caribe, que, segundo Washington, busca combater o tráfico de drogas na região.
Os Estados Unidos não reconhecem a legitimidade do governo Maduro e o acusam de chefiar o chamado Cartel dos Sóis, suposta organização ligada ao narcotráfico. Desde agosto, Port of Spain já havia declarado apoio à mobilização de “recursos militares” norte-americanos próximos às águas venezuelanas, alegando crescimento da violência associada a cartéis na área.
Com informações de Gazeta do Povo